A viagem, Parte II - "You have some money?"
Só para constar, esqueci de duas coisas no post anterior.
Antes do embarque, você passa pela free shop, loja que vende vários produtos "sem imposto" para se pago em dólar e você ir gastando antes mesmo de qualquer coisa, lugar esse onde descobrimos o KitKat, chocolate que deixa Bis pedindo bença.
Um dos comissários de bordo usava um broche grande que me chamou muito a atenção. Quando o indaguei sobre, ele não hesitou em fazer o sinal. O broche em questão era esse, que reluzia diante todo o avião.
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Nós desembarcamos em New Jersey, e para chegar á cidade destino (Stratton), o trajeto seria: New Jersey > New York > Brattleboro > Stratton.
Então no próprio aeroporto pegamos um serviço gratuito até a estação de trem mais próxima, esperamos o trem numa sala aquecida com uma tela mostrando os horários dos trens, e entramos num trem bem bacana, com 2 níveis de assentos. Duas estações e nós finalmente estávamos em NYC! Compramos os tickets para Brattleboro (USD67 cada!) que só sairia 3 horas depois. Então, hora de tomar o primeiro café da manhã nos EUA!
Eu: Bagel com bacon, ovos e salada e café com leite.
Babi: Pão com ovo em forma de hamburguer, bacon e cheddar e chá diferente.
Gustavo: Presunto, queijo e salada e Pepsi.
A comida aqui é realmente deliciosa. Foi meio difícil pedir, mas valeu muito a pena. De bucho cheio foi hora de dar uma volta pela estação que mais parece um shopping. O interessante são as pessoas falando ao celular. iPhone aqui vem grudado na maria-mole. Os pobres tem outras marcas, mas todos smartphones. Têm pessoas que páram pra ligar um laptop sentado do chão mesmo. Nem preciso dizer que é extremamente limpo. Depois de passear um pouquinho, achamos a saída e finalmente a visão: NY!!
Estava muito frio e garoando. Muita gente na frente da estação, provavelmente esperando carona ou taxi, que passam mais do que carros comuns. E um buzineiro lazarento, e as ruas mais parecem corredores gigantes com aqueles prédios enormes. Agora sim eu sei porque o Spider-man joga teia adoidado e não erra uma.
Nesse tempo constatei: o povo é extremamente educado. Pra nós chega a ser exagero. A pessoa simplesmente pára, diz "excuse me" e só passa quando você realmente dá licensa. Não sai trombando em você como em outras nações. Toda santa vez que você diz "thank you" você ouve um "you're welcome".
Esperando o trem um mendigo me pediu dinheiro. Ele chegou de mansinho, pediu licensa e disse "You have some money?". Eu hesitei e respondi: não. Quando ele saiu andando eu pude perceber que ele estava mais bem vestido do que eu.
A viagem de NY até Brattleboro demorou 5 horas. Nada extraordinário, uma vez que o trem é bem largo, espaçoso, poltronas largas, ar condicionado, wifi, e cantina (foto do post). Foi lá onde comi meu primeiro hamburguer na gringa e comprei a cerveja mais cara da minha vida: 6 doletas por uma long neck.
Chegamos em Brattleboro as 6 da tarde. Mas para a nossa surpresa, o dia está completamente escuro às 4:50 PM, o que dá a sensação de fim de dia cedo demais para quem não está acostumado como a gente. Descemos na estação que é simplesmente a rua onde o trem atravessa, para então pedirmos um taxi. Aí sim, eu descobri o que é frio. A chuva incessável estava congelando no chão. O táxi demorou meia hora para chegar, e levou nós 3 + 3 argentinos que iam para outro resort. A brincadeira custou 65 obamas para cada um. Se nada der certo na minha vida, viro taxista em Vermont. Mais 2 horas dentro do carro para finalmente estar em casa.
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