Dia #17 - 29/12/2010

Enfim, o dia tão esperado: ski!!

Acordamos cedo, pegamos o mesmo ônibus que pegamos para trabalhar, e fomos direto na cafeteria de empregados. Dessa vez tomamos quase o mesmo café de sempre por um preço muito baixo: ovos com presunto e queijo, bacon, torradas, brownie e coca-cola por apenas U$2.75.

Gustavo, Gabriel, Eu, Barbara e Camila

Pegamos nossos vale-aluguel de equipamento para empregados, e fomos comprar warmers e uma calça para a Barbara. Warmer é uma coisa muito interessante. Trata-se de uma bolsinha com sei lá o que dentro, que a partir do momento que você abre o saquinho ele começa a esquentar, e muito, durante um dia. Aí
você pode usar onde quiser no corpo. Comprei para as mãos e para os pés. Barato e eficiente.

Tralhas colocadas, eu cheio de blusa, escroto e tava pra ficar pior ainda.

Detalhe: por conta da intensa neve dias antes, o resort tinha muita gente. Rumores dizem algo em torno de 10.000 pessoas. A ansiedade era tanta que nem tiramos foto do mar de gente que tava. Dá pra perceber que o tempo todo pedimos para outras pessoas tirarem foto, pois é quase impossível manusear a câmera com essas luvas. E tirar e colocar as luvas também não é tarefa fácil.

Daqui fomos para o carpete, maneira como chamam a parte mais baixa da montanha, quase sem declives. Gabriel passou os esquemas básicos e partimos para a primeira descida.


A visão é extraordinária. É muito bom estar perto desse tipo de paisagem.

De primeiro momento descemos por etapas. O percurso é bem curto, mas precisávamos nos acostumar com os skis e como eles funcionam. Eu não fazia idéia que algo podia deslizar tão fácil, em se tratando de neve. É pior que piso com água e sabão.

A Barbara foi a primeira a cair, coisa que eu não vi acontecer, só vi ela no chão. O bom da neve é que não machuca. Levanta e vamo embora. Aos poucos chegamos ao ponto inicial, e a vontade de ir inúmeras vezes não cabia em mim. Tirando o fato de a Barbara ter desistido por conta dos inúmeros tombos, claro.

As descidas tem "ligações" umas com as outras, sendo que a coisa vai ficando cada vez mais difícil, até ao ponto de quem desce desde o topo da montanha. Decidimos ir à pista ao lado. Essa é um pouco mais difícil, com o diferencial da grande distância até a base. Só de subida vai quase 10 minutos.


Quando chegamos ao topo pude contemplar a visão maravilhosa.


Não dava pra ficar lá só olhando por dois motivos simples: eu queria descer logo aquilo, e se eu ficasse ali vinha nego por trás a milhão. Aí foi só alegria! A sensação de descer uma montanha em cima de duas tábua é incrível. E quando mais rápido, mais legal, é claro. Quando mais você desce, menos você quer parar de descer. Quando chega lá embaixo, só quer saber de chegar la em cima de novo o mais rápido possível, pra descer o mais rápido possível. Foi aí meu primeiro tombo, no meio do percurso.

Também foi o tombo histórico da Carol, que caiu de frente, com a cara na neve, capotou e levantou uma puta poeira de neve. Quando cheguei perto, ela tava rindo. Fora as vezes que ela se enroscou nas árvores gritando "Eu não sei freaaar!" (ela desceu a pista toda nesse ritmo) e a outra que ela foi de cara na casinha do teleférico.

Descobri também: como skiar cansa! Na hora do almoço estávamos todos muito famintos, mesmo com o café-da-manhã reforçado que tivemos. Nem lembrei de fotografar comida nenhuma, mas sei que comi pra cacete. Todos nós.

Sem perder muito tempo pois as pistas fecham as 4:00PM aqui, voltamos pra pista. Convenci a Barbara que 
iríamos descer juntos, bem devagar. Tudo certo. Demoramos 1 hora pra descer a pista mais fácil.

"EU NÃO QUERO MAIS IIIIRRRR!!" "Vamo logo, bicho."

Acabou que foi só isso. Desci mais umas 3 vezes sozinho e acabou o dia. Depois chocolate quente e muffin pra esquentar e recontar as cenas hilárias.

Na vila indo embora.

Skiar cansa muito. Mesmo sem ter que acordar cedo no outro dia, a única coisa que queríamos era cama. Fui dormir com a sensação de que ainda estava com as botas e o capacete.

Esportes de inverno

Outra coisa interessante foi descobrir que esses esportes (ski e snowboard) não são coisa de adolescente aqui, é coisa pra todo mundo, de todas as idades. Tem desde criança de 4 anos (melhores que nós por sinal) até senhores e senhoras de idade. Áreas de ski como esta são como as nossas praias no Brasil: programa de final de ano. E eles vêm exclusivamente para praticar algum desses, nada mais. É legal ver a alegria de descer uma ladeira em cima de um carrinho de rolemã e de descer uma montanha em cima de skis. A sensação é ótima, e eu estou contando os dias para chegar quarta-feira e descer aquilo inúmeras vezes.

1 comentários:

Pir disse...

Doidão KD os outros dias???? Tô curioso!!! abraços!!

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